SENTIR DOR DURANTE AS RELAÇÕES SEXUAIS NÃO É NORMAL!!!

“Dra, sinto dores na relação sexual, isso é normal?”
A resposta para este questionamento é NÃO!
Infelizmente muitas mulheres acreditam que as relações sexuais e a satisfação do parceiro são uma obrigação do relacionamento, a qual devem cumprir a despeito do próprio prazer e bem-estar pessoal. Por este motivo, é muito comum mulheres se submeterem a relações sexuais dolorosas ou desconfortáveis, e muitas acreditam que a dor sentida durante o sexo é algo normal.

Conhecida como dispareunia, a dor durante as relações sexuais, que pode ocorrer durante ou depois do ato, não é fisiológica, ou seja, é anormal. Pode acometer homens, porém é mais comum entre as mulheres. As dores podem ocorrer na vulva, no introito vaginal (abertura da vagina), no canal vaginal ou na parte inferior da barriga.
Entre as causas para a Dispareunia estão: pós-parto, endometriose, ressecamento vaginal secundário à menopausa, ausência de excitação antes do sexo, infecções (colpites/cervicites), problemas de relacionamento com parceiro, experiências dolorosas, vaginismo, vulvodínea.

A dispareunia tem tratamento, e sua abordagem será direcionada de acordo com a sua provável causa. Pode incluir uso de antibióticos se houver suspeita de infecção, hidratantes vaginais quando há sinal de ressecamento, hormônio de aplicação vaginal (menopausa/climatério), tratamentos para relaxamento da musculatura da vagina, além de psicoterapia.

Algumas mulheres se sentem envergonhadas ao abordar esta queixa em consulta médica, e em muitos casos sequer é mencionada. No entanto, dispareunia pode indicar existência de doença, ou outra condição a qual o ginecologista está apto para tratar.

Insistir em relações sexuais dolorosas pode trazer transtornos emocionais para a mulher, além de piorar os sintomas. O prazer do outro não deve estar acima de sua saúde e bem-estar. Caso apresente dor durante o ato sexual, procure um ginecologista.

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As cirurgias ginecológicas possuem indicações que são avaliadas pelo ginecologista, e em muitos casos não devem ou não necessitam ser realizadas.

As principais cirurgias ginecológicas são: histerectomia (retirada do útero), perineoplastia, traquelectomia (conhecida como CAF), miomectomia, ooforectomia (retirada dos ovários), retirada de pólipos, tratamento da incontinência, endometriose.

Algumas dessas cirurgias podem ser realizadas através de técnicas minimamente invasivas, como videolaparoscopia e histeroscopia.

Se você já realiza acompanhamento periódico com um ginecologista que não faz cirurgias, não é necessário mudar.

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3. Dor durante a relação sexual(dispareunia): Diferente do que muita gente pensa, sentir dor durante as relações sexuais não é normal, e geralmente está associada a algum problema. A dor pode ocorrer durante ou após o ato sexual, e dentre as causas estão endometriose, infecções, menopausa, vulvodínea, vaginismo, entre outras.

4. Escolha do método contraceptivo: deve ser orientada por ginecologista, que informará sobre tipos, eficácia, riscos e benefícios de cada um. Não inicie um método porque uma amiga ou familiar indicou, você pode colocar sua saúde em risco.

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